quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Uma reflexão sobre o significado do Natal

Por Shirley Carvalhêdo

Ao lermos o segundo capítulo do livro de Lucas, encontramos as circunstâncias que envolveram o nascimento de Cristo, o Natal. A glória manifesta nos céus revela-nos com clareza, a excelência de Jesus Cristo, o filho de Deus. Não há na Bíblia outros capítulos que descrevam com a mesma glória o nascimento de outro neném. O natal de Jesus (re)significaria a história da humanidade. Sua vida, sacrifício e morte, propuseram o Caminho, a Verdade e a Vida, escolhas que afastam a humanidade da degradação e morte. O pecado, aqui entendido como degradação e morte proporcionado pelo inimigo de nossas almas. Satanás se utiliza das circunstâncias atuais para nos desviar do significado e importância da aceitação e crença no Natal.

Há alguns dez anos, ouvi um teólogo discorrer sobre a tentativa do inimigo de nossas almas em implantar no mundo um esquecimento, um gelo de indiferença sobre o significado do Natal. Passei dias pensando como ele faria isto, já que Cristo é conhecido e aceito por vários indivíduos em todo o mundo.

Mês passado, aqui nos Estados Unidos, fui tomada de surpresa quando o jornal The Washington Times publicou um editorial que tinha por título: O verdadeiro significado do Natal (The true meaning of Xmas). Segundo o autor seriam duas vertentes que colaboram para que a humanidade esqueça o verdadeiro significado do natal: a) econômica e b) social.

A vertente de ordem econômica que impele os indivíduos a correrem em busca da sobrevivência leva-os a esquecerem, negarem ou mesmo a apagarem de suas consciências quaisquer referências entre Jesus e o significado do Seu Natal. O autor alerta que mesmo nos Estados Unidos, um país de base cristã, alguns lojistas deixaram de utilizar a expressão Merry Christmas (Feliz Natal) e hoje, optam por Xmas, uma redução de Christmas. Muitas vezes optam em utilizar o Happy Holidays (Feliz Festas) ou Season’s Greetings (Saudações às Festas) para não fazer alusão a Cristo. Na mesma direção andam os governos locais, os quais decidiram adotar estas expressões que excluem a palavra Cristo nas saudações. Estas manifestações insípidas acabam por arrefecer na cabeça dos indivíduos que o significado do Natal é o nascimento do Nosso Salvador, Jesus Cristo. Esta afirmação se confirma diante do exemplo do Best Buy, uma das maiores lojas dos Estados Unidos, que utilizou no Thanksgiving (Ação de Graças) não um tributo a Deus ou Jesus, utilizou a expressão Happy Eid al-Adha que significa o festival de sacrifício feito em Meca.

A outra vertente seria de ordem social expressa pelos movimentos multiculturais que dominam cada vez mais o mundo pela mão da mídia. Dentre as idéias difundidas pelo multiculturalismo estaria a idéia do ecumenismo, a união de todas as religiões, já que todos “os rios levam para o grande mar”. Entretanto, está expressão e crença são falaciosas e vão contra a afirmação de Deus, o Pai de Jesus que nos advertiu na Bíblia: “Não terás outros deuses diante de Mim” (Exôdo 20:1). Deus é um Deus zeloso que não divide a sua Honra e Glória com outros deuses e santos (Exôdo 34:14). A negligência no estudo da Bíblia e a aceitação de idéias sociais pregadas como de grande benefício para os seres humanos levarão os indivíduos a condescenderem com o pecado, inclusive os cristãos, impelindo-os a se desligarem e rejeitarem a Verdade. Ainda sobre esta vertente, o autor expôs que no Estado de Arizona, as crianças que produziram enfeites de natal com figuras de Jesus foram advertidas a não criarem enfeites relacionados à religião para que outras crianças de crenças diferentes não se sentissem ofendidas.

Indo mais além nesta discussão, o livro Shadow World do estudioso Robert Chandler afirma que um dos aspectos de destruição da sociedade norte-americana decorre, sobretudo, da destruição da influência religiosa que o cristianismo tem nos indivíduos. Destruir esta influência significa acabar com as igrejas de todas as denominações e a construção de um único caminho, de uma única religião. A construção desta hegemonia visa aniquilar a base judia e a cristã tendo como um fim maior a destruição do núcleo familiar, onde a consciência espiritual se forma. Esta hegemonia de conquista pelas mentes e corações, pretende substituir a adoração a Deus pela adoração ao homem ou secular humanismo. O que se prega como essencial é maximizar o interior do homem e criar uma espécie de homem deus.

Estas pontuações vão ao encontro dos escritos de White produzidos em 1840 em seu livro The Great Controversy quando discorre sobre a guerra entre o bem e o mal.
(...) A cada rejeição da verdade a mente do povo se tornará mais entenebrecida, seu coração mais endurecido... Cristo é desprezado com o desdém que se lança à Sua Palavra e a Seu povo. A igreja apelará ao braço forte do poder civil e, nesta obra, unir-se-ão romanistas e protestantes. A obediência a Deus será considerada rebeldia (...) Todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. (...) (White, 2000, p.58)

Ainda vivemos em um momento de oportunidade de reflexão e busca de caminhos que nos levam a vida ou a morte, entretanto haverá um tempo, onde não mais poderemos refletir mas apenas traduzir a nossa escolha. Qual será a sua?

2 comentários:

Carolina disse...

Gostei da reflexão...
Como somos induzidos a esquecer o verdadeiro sentido do Natal!São tantas outras coisa que vão se tornando representativas do natal, que seu verdadeiro sentido vai ficando em segundo plano,apagado.

Feliz Natal para vc e sua família!

Elizabeth Maia disse...

Oie! Te desejo um Natal maravilhoso! Um beijo, com saudade!